quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sempre que jogo DnD tento experimentar uma classe nova. Mas como geralmente sou o Mestre, nas raras oportunidades que tenho para jogar, meus personagens no meio do caminho adquirem a classe de Bárbaro ou arrumo um jeito de parar de jogar com aquele PJ e jogar com um Bárbaro... Quando é Storyteller acaba a mesma coisa acontecendo, jogo com Tzimisce.

Bom, quando se fala em bárbaros, muita gente pensa no guerreiro estúpido e violento não civilizado. Penso em Conan . Penso em quem os gregos chamavam de bárbaro na antiguidade clássica. Penso em Vikings. Hoje penso nos Dotrakis do Games of Thrones.

Quando se joga DnD os jogadores não se preocupam com a interpretação tanto quanto em vampiro. O que é um erro. Em vampiro, interpretação premia os jogadores com experiência, em DnD se ganha experiência detonando monstros e inimigos em geral. O mestre que elabora uma aventura onde teve como referencia aquela obra épica de aventura medieval que leu recentemente e que quer colocar os elementos que leu ali na aventura acaba frustrado. O mestre quer dar coerência e a interpretação dos jogadores não está auxiliando. Bom, como jogador de bárbaro, posso dar uma força para interpretar as culturas bárbaras.

Pode até ser divertido interpretar um bárbaro idiota que fala na terceira pessoa, mas esta não é a única forma de interpretação. Bárbaro é uma classe mais complexa do que se imagina.

O Bárbaro de DnD não é estúpido. É selvagem. Proveniente de uma cultura que em geral é atrasada tecnicamente, com uma capacidade tremenda de adaptar-se ao ambiente em que vive. Como os bárbaros do extremo norte do globo, de um lugar ermo e frio. Vive em tribos e unidades familiares, que podem ser o ponto de partida para a criação do personagem. O bárbaro interage com o ambiente, é como pensar nos elfos da floresta em comunhão com a natureza, pois o bárbaro não constrói castelos, cidades e coisas assim, ele se mescla com a natureza não a modifica. O Bárbaro sobrevive, conhece o ambiente em que vive, conhece os animais selvagens ao seu redor. É como o ranger em menor grau.

Bárbaros enfrentam as criaturas selvagens e outras tribos e tudo mais que a natureza tem a oferecer em relação ao perigo. O Bárbaro tem respeito pelos espíritos e pelos deuses, respeitam clérigos e se dão muito bem com druidas. Os druidas são basicamente os seus sábios, assim como os xamãs.

Bárbaros possuem um terreno nativo e temem abandonar esse terreno. São bairristas. E este terreno nativo também pode influenciar (E muito) na história do personagem, o bárbaro vem de um território polar? De uma terra ensolarada e quente? Eles temem o mar? Vivem próximos a ele? Suas crenças supersticiosas são baseadas em que?A superstição inclusive é comum nos bárbaros. O que nos leva a colocar que as magias arcanas dos magos não são lá bem aceitas pelos bárbaros. Afinal, não é divino e nem natural para eles, não fazem parte daquilo que eles respeitam.

O bárbaro tem uma sabedoria e vivência peculiar, única em relação a outras classes, mesmo os druidas e rangers. Nas cidades o bárbaro pode ser enganado facilmente, mas depois de um tempo de vivencia na cidade o bárbaro tem a tendência se portar como o guerreiro. Geralmente se portando como mercenário.

Diferentes culturas bárbaras podem ser criadas pesquisando este lado selvagem da natureza.

Em Fúria... Leandro "Conan" Silvio Martins!

3 comentários:

Gustavo Franco disse...

Interessante. É assim mesmo que eu jogo com o Alecto na aventura atual de Grayhawk.
Seria bom o Alex Preggioni ler esse artigo aqui pra saber de uma vez como são os bárbaros.

Victor Soares disse...

ja comigo n tem jeito, eu amo ser um paladino XD

Anônimo disse...

melhor texto sobre bárbaro que encontrei!