domingo, 1 de agosto de 2010

Recentemente voltei a jogar o Final Fantasy VII. Um amigo meu colocou o clássico do Playstation em seu PSP, e não resisti em fazer as coisinhas que não tinha feito no jogo quando foi a época de lançamento do jogo.


No Final Fantasy, foram eternizados os ataques de convocação, no VII os que aparecem nas Summons Materias e a partir do VIII são as Guardian Forces, aliados que surgem e manifestam um tipo de poder especial e somem depois de fazer seus ataques. Bom, não necessariamente um ataque, pois o poder manifestado da criatura invocada pode ser uma magia de cura ou proteção. Pensei comigo mesmo, por que não aplicar estes poderes nos jogos de D&D... Bom, como um item mágico que contem a invocação que pode aparecer um número de vezes ao dia, como a garrafa do Efreet, onde dependendo do resultado lançado nos dados, ele fica como um aliado que o ajuda durante dez minutos por dia, ou uma estatueta dos poderes magníficos, como a utilizada por Drizzit de Forgoten Realms, a criatura fica durante um determinado período auxiliando o dono da estatueta. No caso das invocações parecidas com as de Final fantasy, o ser conjurado desfere um único ataque ou magia e se vai, durante uma certa quantidade de vezes ao dia, ou durante um encontro por dia, ou em cada encontro... Dependendo do poder manifestado pela invocação, cabe ao mestre controlar o poder invocado.



Imagine um pergaminho que quando utilizado, cure os aliados. Agora imagine este mesmo pergaminho utilizando no lugar de uma simples magia de cura, uma manifestação cheia de efeitos especiais de um ser mágico que vai utilizar a magia de cura? Lógico que com um poder ligeiramente maior, para dar mais importância a invocação. Este aliado conjurado não pode ser afetado como uma criatura normal, ele apenas surge em cena, faz o que tem que fazer e se manda, este aliado também não pode executar tarefas, como dar informações, trazer comida, transportar o grupo... Bom, a não ser que o poder dele seja este. Cada aliado possui um único tipo de poder, ou dependendo de como ele esteja alocado com o personagem jogador, ele pode evoluir junto com o personagem e ganhar novos poderes, ou aumentar os que já possuem.


O legal disso é a forma que a conjuração aparece, as formas que eles surgem e desferem seu poder. Assim, a forma que este aliado é conjurado também pode variar. Um clérigo pode ter sido imbuído de tal poder e convocar a imagem de seu deus que irá desferir o ataque e desaparecer, pode ser um poder ganho através do treinamento de um monge, o gasto de XP que o monge possua pode fazê-lo aprender o poder, ou seja, comprado com pontos de experiência, assim como um mago faz ao realizar um tipo de magia que consome uma certa quantidade de XP (pontos de experiência), ou podem ser itens maravilhosos como as summons materias de FFVII, também podem ser conjurados através de uma varinha (uma varinha de cura faz aparecer pequenas fadinhas que curam um ferimento), estatueta e garrafas como no caso das estatuetas maravilhosas e a garrafa do efreet, bolinhas de gude com cores diferentes (ta, esta foi uma referencia tosca ao próprio FFVII... ), e até mesmo serem uma magia de conjuração, que tem um efeito um pouco diferente das magias de conjuração normal. Um jeito legal é como é feito em algumas GFs (guardian forces) de Final fantasy VIII, você enfrenta a criatura e depois de vencê-la, ela se submete a você como um aliado conjurado desta forma.


Pode-se basear os aliados conjurados em qualquer mitologia. Os deuses podem fazer das suas aparecendo como avatares temporários, desferindo o ataque ou a magia que eles tiverem que fazer e se mandar depois. Exemplo, você conjura Zeus, ou o seu avatar, ou só a imagem dele... Ele surge entre as nuvens e invoca a magia tempestade de raios, que é despejada em todos os inimigos e depois desaparece. Estes avatares podem ser conquistados em uma luta contra uma criatura sob ordens do deus, em um templo depois de passar por diversos desafios, encontrando artefatos sagrados dos respectivos deuses. Locais secretos e remotos podem esconder estes artefatos. Lógico, só existe um artefato de cada deus, o que pode render uma nova aventura depois da busca, com uma série de clérigos ou paladinos que acham o personagem indigno de possuir tal item, e ele tem que se provar merecedor ou enfrentar os devotos daquele deus!


Um, porém, caso o portador seja morto, o item retorna para onde foi encontrado, e não volta se ele for ressuscitado. Existe uma revista Dragão Brasil que trata de jogos dos games e dá exemplos de avatares conjurados dos deuses de Arton, mas claro que aqui vou puxar sardinha para os deuses do meu cenário de campanha. Exemplos:


A deusa do equilíbrio Kan-U surge nos céus e o seu símbolo, uma balança, surge atrás dela no estilo Cavaleiros do Zodíaco, e lança uma luz em todos na batalha, a partir daí, ninguém mais pode utilizar recursos mágicos para aumentar força, algum tipo de proteção, ataque certeiro ou qualquer magia benéfica, como cura, força do touro entre outras que “buffem” os personagens. Além do que, todos os utensílios mágicos e artefatos são desligados durante aquela batalha. Todos só poderão lutar usando suas próprias armas, magias de ataque como bola de fogo, ainda funcionam.


Jemted Nars, o deus da guerra, surge em um carro de guerra guiado por seis cavalos empunhando uma lança, ele atravessa os inimigos e desfere o dano de uma bola de fogo maximizada e o dano maciço igual ao da bola de fogo, caso uma criatura seja imune ao fogo, ainda recebe o dano maciço, a jogada é uma só (ex.10d6 de dano são multiplicados por 2, o primeiro dano é por fogo e o segundo contusão), além disso ele oferece a todos os aliados do invocador + 1 nas jogadas de ataque e no dano e imunidade total ao medo até o final do combate.


Marduk, o deus da força, não aparece totalmente, somente seu enorme punho surge dos céus e esmaga os inimigos causando 10d6 de dano, além de obrigar a todos a fazer um teste de morte, CD 15. Todos com 101 pontos de vida ou menos, morrem automaticamente. Ele também concede força do touro ao conjurador.


Ynos, o deus sol surge nos céus e ilumina todo o território, ele expulsa todos os mortos vivos locais com 15 dados de vida ou menos, e destrói os que tiverem 7 ou menos. Além de causar 10d6 pontos de dano e deixa uma moeda com seu rosto ao conjurador que pode utilizá-la para invocar a magia luz do sol uma única vez. A moeda é sempre deixada toda vez que o deus é invocado.


Perceba que algumas invocações são bem poderosas dependendo do nível do personagem, por tanto o mestre deve restringir bastante o número de vezes que o avatar do deus pode ser invocado.



Leandro Silvio Martins.(“bibliografia” :Dragão Brasil nº84)

2 comentários:

Ricardo Loke disse...

Que mestre nunca usou alguma coisa de gamers heheh ... principalmente do FF VII ... eu mesmo já usei essa idéia dos summons materia em uma de minhas aventuras. Eles tinham de junta-las para poder o poder (a exemplo tambem doas DragonBalls).
Ótimo Leandro! Obrigado por me lembrar desse ótimo jogo... vou instala-lo no PSP hehehe

Leandro disse...

Essa parada! Eu reiniciei o 8 agora.