Bienal do Livro

E cá fomos para mais uma bienal do livro. O Breno visitou antes a tradicional feira e revelou alguns spoilers que deram vontade de conferir. Por pouco não compareço este ano ao evento, mas tanto eu como o Ricardo somos professores e como tal, deixar de participar seria frustrante. Ainda mais sendo um bom nerd. Ou algo parecido, pois muitos relutam esta alcunha a mim devido a alguns... hã... Devido a alguns fatos que traduzem minha vida como o mais festeiro dos nerds talvez... Mas deixemos este aspecto de minha vida de lado e falemos da incursão que eu e o Ricardo fizemos a Bienal do livro este ano...

Seguimos cedo para a bienal para encarar a fila para cadastro de professores e aproveitar o evento para chegar a tempo de mais uma partida de RPG, um review da minha aventura de vampiro durante a segunda guerra mundial. Ao adentrar a bienal naquela tremenda terça feira vimos àquilo que é nosso trabalho, alunos de diferentes tipos e tamanhos de colégios de toda a parte do Rio de Janeiro, espalhados e correndo pelos espaços do Rio Centro fazendo de tudo um pouco, e um tanto não muito interessados em livros... É uma falta que digo a todos que ocorre dentro da bienal devido ao capitalismo selvagem que vivemos. Afinal como um país pode querer que a população se interesse mais pela leitura se nem em um evento como a bienal os livros se tornam mais acessíveis?Nem os descontos de 10% ou 20% em alguns livros, ou os brindes como canetas e bolsas valeram à pena... Talvez em alguns casos, como comprar a arte da guerra de Sun Tzu.

Ta bom Leandro, o que isso tem a ver com RPG? Ora bolas, nossas mesas de RPG não são só dados, fichas e interpretações! São contos, histórias e regras... Muitas regras e elas estão contidas nos mais variados livros. E lá fomos nós ao estande da Devir. Desculpem mas preciso escrever, a Devir estava ruim. Muito ruim. Há anos atrás seu pomposo estande trouxe muitas coisas que foram reduzidas pela metade ou mais da metade este ano! Com seu pequenino estande e sem lançamentos para abrilhantar o estande, a Devir não passou de uma barraquinha periférica e ao chegar lá confirmo o que coloquei antes, o difícil acesso aos livros. Seria hora de um retorno a geração xerox? Alguns livros já não estão lá sendo muito aceitos pelos jogadores, como é o caso do novo mundo das trevas, a galera ainda curte muito mais jogar o velho vampiro, aliás, quando sai a Gehenna traduzida? Os livros da nova série não foram bem aceitos, pelo menos não nos grupos da baixada com quem participo de diversas jogatinas, e nem com a galera que esbarro por ai nos eventos. Caso algum jogador de outra localidade esteja lendo este informe, por favor, relate como esta a aceitação do novo mundo das trevas e me passe boas noticias! Mas o lance não é nem esse, os livros estão caríssimos, tinha livro que chegava quase a 100 reais! Tudo bem é pressuposto que compremos um livro e a partir daí joguemos e nos divertimos até não poder mais, acompanhando alguns lançamentos que incrementem o cenário que estamos jogando e tal. E se não existir um novo lançamento com reformulação das regras a indústria para e ficamos sem nosso hobby favorito. Mas não duvido que tenhamos um retorno a geração xerox dos anos 80, mas de uma forma digital, com os livros em laptops.

Não sei o processo que esteja rolando para conseguir trazer o livro traduzido para cá, se está tão caro assim para os livros estarem a este preço. Difícil esta sendo de consumir o produto não se pode negar! E pense ainda na população da baixada fluminense que não tem uma livrariazinha que trabalhe com produtos de RPG e precisa se deslocar até as livrarias do Méier e do centro do Rio para adquirir estes produtos. Creio que estejamos passando por um momento ruim para o RPG, bom, temos prós e contras, com os lançamentos de novos livros e eventos, resta saber se o acesso a este material será mais fácil...

Voltemos a bienal. Lógico que tivemos outras coisas muito boas para o RPG, como um crescimento da Panini com uma estátua do Hulk pra lá de maneira chamando a atenção de todo mundo que quisesse tirar fotos com o gigante esmeralda. E a Comix, lotadíssima como sempre, com revistas para todos os gostos e situações financeiras... Fiquei na vontade de comprar o evangelho segundo Lobo, mas amarguei pelo preço, assim como o Ricardo quando viu o encadernado do Cavaleiro das Trevas do Frank Miller, e para não falar que só apreciamos os poderosos da DC, até por que não largo a Marvel nem se ela for vendida para a Disney!(Ups.), deixei passar também Wolverine inimigo do estado encadernado. De fato, deixe que eu pare de meter malho também, afinal, precisamos é de mais e mais eventos assim, dando credibilidade a leitura! Que venham mais bienais!