segunda-feira, 20 de abril de 2009

Posso ver a vantagem de se começar um blog. Divulgar aquilo que se faz, e o melhor é o que vem depois. Quando se tem o trabalho valorizado. E isto é muito difícil. Começamos com a ajuda dos amigos visitando nosso blog, lendo nossos textos... ou nem lendo nada, só passando dando um comentário falando que ta tudo muito lindo, muito legal e ponto. No caso do RPG é possível que tenhamos mais do que isso no começo graças a pouca atenção que se da ao RPG no Brasil. Por isso não divulgamos apenas o que fazemos, mas o que os próprios leitores fazem também. Como no caso do meu blog, o http://www.umnovomundorpg.blogspot.com/ , ali conto as várias histórias que já mestrei, participei ou mestro, e como toda a aventura os protagonistas são os personagens dos jogadores, é lógico que eles é que são citados, e logicamente quando meus textos tratam sobre os eventos. Principalmente o nosso evento, cujo maior creditado é o Márcio Breno que esta trabalhando muito pela Nação RPG.

Os créditos das postagens também vão para o trabalho de todos os que tem ralado no RPG há mais de 30 anos com jogos que estão espalhados em mesas de todo o mundo. De qualquer forma, isto tudo aqui acaba sendo uma maneira jornalística de expressão para todos aqueles não formados em jornalismo. Se bem que tenho uma amiga que esta se formando e tal, então poderia até mais para frente pedir umas dicas pra ela, ou mesmo pedir para ela escrever aqui um texto dela. Afinal por um bom tempo ela foi jogadora de nossas mesas. (Bons tempos hein Carol! Ladinos e Malkavianos!)

De fato tenho alguns amigos que se aposentaram das aventuras. E de muitas outras coisas que fazíamos quando começamos a entrar no fantástico mundo do RPG, quadrinhos e as várias “Nerdices” dos tempos pré-Internet.
Então muitos amigos começaram a trabalhar, a se casar e ter filhos. A dificuldade da vida adulta desiludiu muita gente. Ou mesmo passaram a achar esquisitos seus velhos parceiros de mesa por conta dos novos amigos da balada. Enquanto contávamos as histórias de reinos distantes e fantásticos, nosso circulo de amizades se diversificava, e sem que precisa-se que deixássemos de ir para nossas próprias baladas.
Mas como disse, muito destes aventureiros ficaram desiludidos com as batalhas da vida real que não eram tão divertidas, mas “mais importantes”. As armaduras foram aposentadas, as espadas e itens mágicos guardados no baú e as histórias agora lendas para serem contadas pelos bardos restantes.

Ah, meus tempos mais áureos do RPG, quando não tinha tantas contas a serem pagas, tanto estresse e mais sonhos. Por tempos percorri mesas nos mais longínquos reinos, noites de horror gótico e terras ermas com as mais diferentes criaturas que os deuses poderiam criar.


Quando comecei a jogar RPG, foi no colégio, com os livros jogos do tipo “vá para a página 52 se quiser entrar na porta a direita ou para a 64 se quiser enfrentar o monstro.”, foi um amigo que me emprestou o primeiro livro jogo, depois fui procurar mais destes livros, e com pouco dinheiro fui até um sebo, lá encontrei muitos destes livros e outros... Manuais para que eu enfrentasse aquelas aventuras fantásticas em grupo, e com uma dinâmica fantástica que aqueles livros jogos não me proporcionariam. Conheci um grupo em um bairro próximo e lá comecei a jogar o horror medieval de vampiro a idade das trevas.Semanas depois eu fui um Tzimisce, um bárbaro, um mago, um lobisomem... Quando entrei pela primeira vez em uma loja especializada o meu fascínio só aumentou. Conheci aventureiros de vários lugares que rolavam seus dados e brandiam espadas evocando magias arcanas, deuses de mundos distantes, salvando donzelas... Eu já era fã dos quadrinhos da Marvel e no dia que vi tantas mesas de RPG juntas, pensei em mim mesmo como o Vigia, aquele careca pervertido que observa eventos cósmicos, observando o multiverso. Orcs, goblins e donzelas em perigo. Tesouros e dragões. Caçadores de aventuras. Eu estava sedento por aventuras. Passei a visão deste multiverso para muitos outros e assim fiz muitos jovens padawans. Creio que este texto sirva até para chamar a atenção daquele que nunca jogou RPG, e que com isto aqui se interesse o suficiente para procurar um grupo de jogo, e para aquele que parou, que estas palavras reavivem a vontade de aventuras e retirem sua armadura do baú, comprem a espada de volta do penhor, e lembre-se que ainda temos muitas masmorras a serem exploradas e vilões a serem castigados.

Então amigos leitores se estão iniciando um mundo de aventuras (não, não sou o Todynho!), sejam bem vindos, se estão com vontade de retornar ao mundo de aventuras passem um pano na sua espada empoeirada, se já estão nesta vida, saibam os bardos cantam suas histórias e muitas pessoas ainda vão escutar sobre sua fama!

Leandro Silvio

6 comentários:

Marcio kenny disse...

Boa bom resaltar essas coisas para tentar acordar os mortos que um dia foram grandes senhores da Noite, magos e cavaleiros honrrados. .

Bem continuo com minha cruzada em busca dos Games Perfeitos e bem. .
fico mto agradecido pelo trabalho do Leandro aqui conosco no BLog e na Nação alem de poder contar com a nossa mente brilhante Ricardo q vem nos dando apoio alem do infinito. . . .

é isso ai rapaize q venham as vitórias. . .

=]

Patricia disse...

Leandro, como sempre, teus escritos são demais! E tu ta arrebentando lá no Podcast! Continue assim!

Patricia disse...

Cadê o outro texto do Leandro?

Yuri Caronte disse...

kra adorei esse texto...
quando eu terminei de ler me deu vontade de sair correndo para começar a jogar uma nova mesa, até pq a unica q tenho jogado ultimamente é a sua nos eventos...
oq acaba me deixando sempre na espera do proximo evento...

e que façamos oque vc disse...

tiremos nossas armaduras do armario
limpemos nossas espadas
e vamos em direção a imortalidade de nossos feitos epicos!!!

Vingador disse...

Foda!Concordo com o Yuri, este texto do Leandro esta fabuloso!M e deu vontade de jogar uma mesa neste momento!

Leko ( Frederick ) disse...

caraca...ate me emocionei com esse finalzinho

Tu é o cara